reflexão

“O ser humano nasceu para ser feliz,completamente feliz.O ser humano nasceu com tudo programado para a felicidade.Você nasceu para dar certo.Esse é o grande projeto de Deus para sua vida. Esse é Seu grande segredo.”


terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Um Carnaval Católico? 

 

Recebemos a seguinte mensagem do conterrâneo José Póvoas, junto com uma foto anexa que encabeça este texto:

 

                                             

“Eu estou achando que parei no tempo. Sou do tempo em que as igrejas católicas, faziam retiros espirituais durante os dias de folia. Aqui no Rio, a paróquia Santa Teresinha em Botafogo, vai fazer diferente. Vai realizar o "CARNAVAL DA FRATERNIDADE" . Idéia dos Padres, Làzaro e Abìlio. Os sacerdotes garantiram que esse serà o primeiro ano de muitos carnavais que ainda virão. ESTÁ CERTO? OU PAREI NO TEMPO? JPóvoas....”


Todos aqui na CIT são católicos, mas a única praticante sou eu. Por isso me pedem para dar uma minha opinião a respeito do conteúdo desta mensagem. Não me furtarei a fazê-lo pois devo estar fazendo um bem aos amigos católicos e esclarecendo aqueles que não os são.

Caro Póvoas, penso que você parou no tempo. Pelo menos, atualmente, ainda retiros são feitos, mas não tem a obrigatoriedade de antigamente. Não é por causa da nossa Igreja, que continua quase a mesma, mas pelos seus fiéis que estão cada dia mais esclarecidos, e também por causa de alguns sacerdotes, que ao ver que se Jesus morreu por nós, não fez isto para sermos infelizes e sim felizes na fé em sua palavra.

Eu pelo menos não conheço nenhum trecho do evangelho que diga ser uma festa um pecado. Pelo contrário, nas Bodas de Canaã, que foi uma festa de casamento, Jesus participou ativamente, ao ponto de transformar a água em vinho, para não ver o anfitrião passar vergonha e atendo um pedido de sua mãe a Virgem Maria. Penso, se ele fez isto foi para alegrar os convidados e não é possível imaginar que Ele, depois do milagre, ou mesmo antes, não se tenha deliciado com umas taças, pois ele mesmo disse que o vinho era de boa qualidade, e não era igual aquele vinho de jurubeba, que era fabricado lá em Bom Conselho pelo pai de Romilson.

O carnaval é uma festa. Rola muito mais do que vinho, eu sei. Mas enquanto a Igreja, ao invés de se achegar aos fiéis, ficar apenas proibindo alegorias no sambódromo, seus sacerdotes não poderão guiar o povo para um festa ordeira e cristã.

Sempre soube que o carnaval foi uma festa pagã e que durava muito mais do que 3 dias na antiguidade. Foi com o propósito de coibi-la que a própria Igreja criou a quaresma, que é um período de penitência. Então, se assim foi, nossa própria Santa Madre Igreja admitiu que a festa poderia existir, antes da quaresma. Penso ser este o sinal verde para que os Padres envolvidos no Carnaval da Fraternidade, terem tido a ótima ideia de criar um carnaval católico, como já existem milhares de carnavais evangélicos.

É claro que não será o mesmo carnaval do Bola Preta, da Banda de Ipanema, nem do Elefante de Olinda, mas, tenho certeza, muitos católicos que não tinham outra opção a não ser estes blocos, irão agora para o Carnaval da Fraternidade. Esta ideia, pode ficar certo, meu caro Póvoas, vou levá-la à paróquia de Casa Forte, a qual frequento, e dentro em breve teremos a desfilar pela Praça daquele bairro, naquela paisagem bela de Burle Marx, um Carnaval Católico.

Espero que os foliões não ataquem as sacristias procurando o vinho de missa do Padre Edvaldo, mas que cada um leve seu botijão de 5 litros de Olho de Boi, e brinque com calma e em paz. Tentaremos evitar outras bebidas alcoólicas e outras drogas pelos seus efeitos morais perversos. Mas, vinho, não será problema, quando seguida a devida moderação. Isto porque se beber vinho fosse pecado, o padre só celebraria as missas até o meio. Espero que o Padre Nelson leia este texto e teremos um carnaval de Jesus, Maria e José, lá na Praça Pedro II. E atrás desta folia só não vai quem é ateu!

Ora, você dirá, e o retiro espiritual? Como é que fica? Eu lhe diria amigo Póvoas, eu e você tenho certeza vamos fazê-lo. O que não podemos é obrigar os outros a serem tão santos como nós.

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